JUNIORES - Lição 8: Diga "não" ao preconceito!


4º Trim. 2012 - JUNIORES - Lição 8: Diga "não" ao preconceito!

PORTAL ESCOLA DOMINICAL
JUNIORES – CPAD
4º Trimestre de 2012
Tema: Fé em ação
Comentaristas: Miriam Reiche e Luciana Alves de Souza


LIÇÃO 8 – DIGA “NÃO” AO PRECONCEITO!


Texto Bíblico: Atos 10.1-48


Objetivo
Professor ministre sua aula de forma a conduzir seu aluno a conscientizar-se Deus não faz acepção de pessoas. Se Ele que é Deus não faz acepção, quem somos nós para fazer?


Exercitando a memória
“Então Pedro começou a falar. Ele disse: Agora eu sei que, de fato, Deus trata a todos de modo igual, pois ele aceita todos os que o temem e fazem o que é direito, seja qual for a sua raça..”(Atos 10.35,35– NTLH).


Crescendo no conhecimento
O fato relatado neste texto ocorreu um tempo depois do traslado de Jesus aos céus. Já havia ocorrido o dia de Pentecostes. Pedro e os demais apóstolos faziam inúmeros milagres em nome de Jesus e a igreja crescia. Os fatos aqui se passam em duas cidades:

Cesareia
Uma cidade na costa da Palestina, cerca de 37 km a sul do Monte Carmelo. Em 30 AC, Octaviano (que passou a chamar-se Augusto) deu-a a Herodes, que gastou doze anos (22-10 AC) a reconstruí-la em grande escala. O novo porto artificial era do tamanho do porto de Atenas. Diz-se que o dique tinha 61 m de largura, assentando em 36,5 m de água. Alguns dos blocos de pedra usados tinham 15 m de comprimento e 5,5 m de largura.Herodes também construiu templos, um teatro e um anfiteatro. Um dos dois aquedutos que trazia a água de uma fonte situada a 19 km de distância era composto por um túnel com 9,5 km de comprimento e uma conduta de pedra apoiada em arcos, também com 9.5 km de comprimento.Herodes chamou Cesareia a esta nova cidade em homenagem a César Augusto e ao porto chamou Portus Augusti.

A população era majoritariamente composta por sírios, mas também viviam lá muitos judeus. A cidade foi a capital da Palestina e residência do governador romano desde 6 DC até 41 DC.A cidade de Cesareia é frequentemente mencionada no livro de Atos:

Filipe viveu ali (At 8.40; At 21.8). Também o centurião romano Cornélio, cuja conversão e batismo marcaram o início da obra missionária entre os gentios (At 10.1-11.18). Aparentemente existiu na cidade uma florescente comunidade cristã (At 21.16).
O apóstolo Paulo passou várias vezes pela cidade:
·         Quer de partida - ao embarcar no seu porto para viagens ao estrangeiro (At 9.30),
·         Quer de chegada - ao voltar das suas viagens missionárias (At 18.22; At 21.8).


Jope
Heb. Yaphô, “beleza”.. Uma antiga cidade Cananéia na fronteira da tribo de Dã (Js 19:46) mas aparentemente nunca ocupada pelos israelitas nos tempos do VT.Sendo o único porto situado entre o Egito e a cordilheira do Carmelo, a menos que Dor seja incluída na contagem, era de grande importância para a Palestina.Situava-se cerca de 55 km a noroeste de Jerusalém e a uns 50 km de Cesareia. Os cedros do Líbano usados na construção do templo de Salomão e do templo de Zorobabel chegaram à Palestina através deste porto (2Cr 2:16; Ed 3:7).

Foi lá que o profeta Jonas, fugindo da ordem de Deus, embarcou num navio que se dirigia para Tarsis, provavelmente na Espanha (Jn 1.3).O cristianismo entrou cedo em Jope. Esta era a cidade natal de Tabita, ou Dorcas, uma grande benfeitora dos pobres. Quando ela morreu, Pedro ressuscitou-a e “muitos creram” na mensagem do apóstolo (At 9.36-42).

Pedro permaneceu na cidade durante algum tempo, na casa de Simão, o curtidor e teve uma visão que lhe mostrou que o Evangelho deveria ser pregado também aos gentios, não se devendo fazer distinção entre judeus e gentios (cap. At 10.5-48).

Nos encontramos agora em Jope, aonde está Pedro descansando.
Um homem que havia estado com Jesus durante todo seu ministério,havia recebido revelações poderosas da Sua parte, mas ainda tinha coisas a mudar dentro de si.

Nada diferente de nós hoje, que necessitamos permitir que o Espírito Santo realize a Sua obra de santificação em nós. E é aqui que tudo se inicia.


1. DEUS NÃO FAZ ACEPÇÃO DE PESSOAS
Em Betânia, para além do Jordão, João Baptista dava o seu testemunho relativamente a Jesus, apelidando-o de o “Cordeiro de Deus” (Jo 1.29-36). Quando João e André ouviram isto, seguiram Jesus e procuraram saber onde ele morava. Ficaram convencidos de que Ele era o Messias, por causa das graciosas palavras que Cristo pronunciou e da autoridade com que falou (Lc 4.22; Mt 7.29); e André foi procurar Simão, trazendo-o a Jesus (Jo 1.41).

Jesus logo aceitou Simão e declarou que, daí em diante, ele passaria a chamar-se Cefas, o nome aramaico que correspondia ao grego Petrus, que significa “um pedaço de pedra tirado da Rocha Viva”. O nome aramaico não volta a aparecer e o nome Pedro substitui gradualmente o antigo nome Simão, embora o Senhor use o nome Simão quando fala com ele (Mt 17:25; Mc 14:37; Lc 22:31; comparar com Lc 21:15-17).

A gente fica até com pena do apóstolo. Ele estava orando fervorosamente naquele terraço, no calor do meio-dia; sentiu fome e de repente foi lhe dada uma visão, enquanto a comida tardava.

Ele estava sendo pressionado a comer de tudo, inclusive comida que ele sempre aprendeu a considerar abominável e nojenta. Não se tratava apenas de cardápio errado ou de comida ilícita, mas sim de uma proposta alimentar que fazia até mesmo um homem faminto sentir náusea. Mas a voz que o convidava a comer continuava a insistir; por três vezes disse: "Ao que Deus purificou não consideres comum".
Pedro ficou francamente perplexo sobre qual o significado de tal pesadelo, até que foi levado a encontrar um gentio.

Foi então que ele reconheceu a relação entre sua náusea alimentar no pesadelo e o desprezo que, até aquele instante, ele sempre tivera para com os gentios.

Se Deus, assim, contrariava radicalmente tudo aquilo que Pedro tinha aprendido sobre alimento, no plano gástrico, com a mesma insistência Deus agora contrariava tudo aquilo que Pedro tinha aprendido sobre os seres humanos, a um nível visceralmente irracional.

Pedro então diz: "Deus me demonstrou que a nenhum homem eu considerasse comum ou imundo".
É sinal de maturidade humana saber reconhecer que muitos dos nossos sentimentos profundos sobre as outras pessoas emanam de fatores nem sempre racionais. Sabemos, no plano mental, ser absurdo que Deus dê preferência a algumas pessoas em detrimento de outras, ou que considere alguns grupos étnicos superiores a outros.

Mas, não raro, de algum recanto obscuro de nós mesmos, surgem sentimentos de temor e de repugnância em relação a certas pessoas. É justamente nesse recanto que Deus deseja penetrar para aí mostrar-nos a verdade, tal como fez com o esfomeado Pedro através do sonho do lençol carregado de alimento tabu.

Entretanto, após este sonho Deus ainda lhe fala. Poderia Deus ter apenas lhe falado?
Certamente. Mas o impacto necessário não seria atingido. Ele precisou ser “tocado” por Deus em vários sentidos, pois o assunto estava muito arraigado em sua alma, e a obra que Lhe pedia era por demais importante.

Paulo foi chamado apóstolo para os gentios, e Pedro se concentrou nos judeus.

Então porque ser assim “tocado”?
Porque precisaria compreender e reconhecer o ministério de Paulo aos gentios. E se não tivesse experiência própria no assunto certamente poderia haver problemas na igreja apostólica.

2. QUEM BUSCA ENCONTRA
Homem de inteira confiança, Cornélio era um oficial competente no exército romano estacionado em Cesaréia. Ele tinha responsabilidade, reconhecimento e mais dinheiro do que a média das pessoas. Inspirava respeito, e dispunha de poder.

Vivia longe do seu Lar, mas estava acostumado a essa vida. Com frequência mudava-se para outras regiões. E, apesar de seu cargo e destas situações, ele comandava sua tropa, um grupo de 100 homens, como um oficial justo e bondoso, ao contrário de outros que agiam com crueldade e eram tacanhos. Isto não pode confundi-lo com um homem de fraquezas, mas sim com um homem bem-acabado e seguro, já que se fosse preciso ele demonstraria seu amor e dedicação ao Imperador e ao Império Romano, e isto com sua espada. Não há, em Cornélio, sede de vingança mesquinha, ou necessidade de exercer violência simplesmente pelo ato.

Embora tivesse uma parcela saudável de energia humana, Cornélio percebeu que a vida é mais do que dinheiro, poder, servos e prestígio. Essas não eram qualidades que satisfizessem. Era necessário ter comunicação com o Pai Celestial para ser completo, e os que faziam parte de sua família comungavam de seu entusiasmo pelas coisas espirituais e eternas.

Normalmente, o centurião vivia sob considerável tensão, era o sustentáculo do exército romano, se ele não funcionasse direito, a corte (600 homens), e a legião (6.000 homens), eram inúteis. Na maioria dos casos ele fazia carreira militar.

Coragem era a mais proeminente qualidade, se o país fosse atacado, esperava-se que o centurião defendesse seu terreno ou morresse lutando. Para isso tinha total responsabilidade sobre seus homens, em três aspectos:
fonte portal ebd